Será que estou dando o melhor de mim?
Deve ser insuficiente o esforço.
Tem gente que sangra até o fim;
se exaurem, já eu, torço. Embarco na ínfima sorte atípica,
com o acaso caso-me por aí:
a vida por hora não é fatídica,
nem aqui, nem daí. Viajo sem responsabilidade,
viajo a cem neurônios por segundo,
e penso numa possibilidade:
dou conta desse mundo? Passageiro da agonia mundana,
trancafiado na sela do quarto,
castigado e afundado na lama,
faço pouco e aguardo.