Blue Moon
O brilho azul da lua hoje não canta as canções do meu coração. Sinto que a lua está cada vez mais longe, não longe em distância, mas longínqua no sentir. Pensamentos afloram a cor da minha pele, seu luminoso tom azul escorre nas águas do mar vermelho. Sinto a humanidade inteira no meu peito calado. Os pulmões respiram gotas de vulcões escuros. Ninguém entende, percebem analogias, escrevem símbolos sobre signos, e tais signos carregam mentiras. Mas ninguém entende a luz azul. O luar azul é o sentido do meu viver, prossigo vendo-o. Seu clarão fita a pobreza da carne desumana.
Os anéis de saturno passam por ela, e o tempo não me deixa incógnitas. Não sei o que fazer, é uma narrativa de um monólogo objetivo; claro e conciso para o mundo, porém perceptível e confuso para mim. O azul, beija-me assim que sua dor destruir o sol.