Convido o erro a entrar
Eu digo ‘’sim’’ para os erros.
Convido-os a minha cognição,
da minha mente à casa,
hospedes antigos e tão pérfidos.
Eu nunca disse um ‘’não’’;
o que há de ser um não
se as portas das ilusões abrem
para a verdade soterrada?
Nada de rosas, nada de choro,
sempre realista e tristonho.
Os erros badalam nos dias,
horas, minutos de autodesprezo.
Como faço se a calada lua
não responde meus desejos,
se os vermes lapidados na terra
não vêm tornar-me verme?
De nada adianta se arrepender
lendo odes poéticas, escritas
de mortos, verdades universais
se enterrados estão certos.
Sou errado, verdadeiro e errado
nas moradas do meu fracasso.