Deitado nos ossos
Oct 4, 2022
Ouça-me, por favor, alguém de cima,
Atenda os pedidos do triste filho,
De joelhos a miséria que fica,
Para a prece do rito sem teu brilho.
Quero ajuda sem panfletagem lida,
Será que perecer é como o tiro?
Onde a bala perfura a triste vida,
E não leem o pedido que te ligo?
Direi adeus e no fim, eu morrerei,
É pífio depender de tua ajuda…
Se no final, enfim, mortes verei.
Deitarei nos ossos da minha lei,
O crânio me perfura minha bruma,
E olha — a bizarra verdade, terei.