Etérea
Oct 21, 2024
É a rua fantasmagórica e alegórica
Banhada por filósofos suicidas,
Completamente etérea esta rua gótica,
Vejo meu amor chamar-me pelas crinas.
Gutural baixo a voz canta a melódica
Marcha fúnebre e amargas voltas e idas;
Passagem ordinária além da lógica,
Caminho a dimensões desconhecidas.
Aqui, vejo o negrume d’alma triste,
Aquela voz da sombra etérea foi-se…
Ouço agora meu cântico que a riste
Aponta em direção ao meu purgatório!
Cinzas da carne a morte aponta a foice
Hei-me de caminhar ao meu velório…