Fobia Social

Reirazinho
Mar 13, 2022

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Enclausurado pelo medo insalubre,
sentenciado em prisão domiciliar.
Acusado pelo frio na espinha:
Multidões me deixam doente.

Não desisto das coisas, não mesmo,
mas acontece que não há sossego;
minha alma vai a cem por hora,
na contramão d’rosa que aflora.
Um jardim tão lindo me espera,
mas o buque de flores me enterra.

O medo de enfrentar é uma enchente,
e minhas lágrimas dão mar sofrente.
Todos na vida debruçam em potência,
enquanto o solitário, sangra clemência.

Associal, anormal e escondido:
da sociedade, de si e do fatalístico,
destino ou rota, já não sabe seguir:
na estrada da vida, o caminho é desistir.

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Reirazinho
Reirazinho

Written by Reirazinho

Sou feito de palavras não ditas e de melancólicas emoções. Escrevo o meu mundo com poesias e prosas.

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