O Naufrágo Penoso
Aug 30, 2021
Ocultaria de ossos sangrentos,
a cerimônia festiva dos ventos.
Ó, amada, sua ausência carrega
toneladas de amargor, que nega
a apoteose da paixão, o véu
queimado no suicídio do céu;
tempestade opaca, sussurra
o murmúrio da voz que urra
o tormento dos mares sombrios.
Semeada a vontade de amar, só,
o coração morre, a forca do nó,
eliminou a possível retratação
da remota ideia de sublimação.
A folha da árvore de outono
foi-se embora com o sono.
Não mais consigo descansar
quando a alma inferniza meu penar.