Rosa de amanhã

Reirazinho
Sep 19, 2022

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art: Flower Still Life, Autumn Chrysanthemums In A White Vase (1889), by: Henri Fantin-Latour (1836–1904)

A rosa se apodrece no amanhã,
Cheira como estrume do teu campo,
Esquecido aroma da tua manhã,
Nascida no ventre do teu escampo.

O jazigo enterra tua jaçanã,
Donde fica e te mata o acampo,
Mora no teu estrondo som do tantã:
Ave que se sobrevoa o relampo.

A chuva deixa queimando o jardim,
Ruindo pétalas mortas do fim;
Podridão das belas rosas um dia.

O levante deus Geb, e nos acorde;
Cultive-nos a flor que deixa forte,
Regando com olhos que vos luzia.

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Reirazinho
Reirazinho

Written by Reirazinho

Sou feito de palavras não ditas e de melancólicas emoções. Escrevo o meu mundo com poesias e prosas.

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